135 dias de amor e doação
Assim como no nascimento do Thomas, quando soube a data do parto do Ian meus pais iriam ficar aqui conosco, nos apoiando e nos ajudando nestes primeiros meses com um bebê pequeno. O prazo de nascimento do Ian, isto é, minhas 40 semanas de gestação, seriam completadas no dia 15 de agosto. Minha mãe e meu pai tinham marcado de chegar aqui no dia 11 de julho para passar meu aniversário comigo e me ajudar na organização das últimas semanas antes da chegada do bebê – assim como foi feito com o Thomas. Mas as coisas não correram bem como planejamos e já no final de maio me vi em repouso e no dia 1 de junho internada no hospital até o Ian nascer. Eu realmente não imaginava que iria ficar 2 meses no hospital, mas uma coisa eu sabia: meus pais estariam aqui para me ajudar. E foi isso que aconteceu.
Minha mãe trocou a passagem e veio para cá 1 mês antes, logo depois que minha sogra saiu daqui. Pausa aqui para dizer que tudo aconteceu quando minha sogra estava aqui e ela ficou 1 mês dando uma super força também (muita gratidão envolvida). Meu pai veio na data prevista mas estava na casa da minha irmã em Miami, e qualquer coisa ele viria antes. E minha mãe chegou… e como que em um passe de mágicas tudo na minha vida estava organizado e isso foi um dos alicerces para a meu equilíbrio psicológico no hospital: eu sabia que minha mãe estava na minha casa e que tudo estava sendo cuidado com o maior carinho. E foi isso que aconteceu.
Minha mãe organizou o enxoval, cuidou do Thomas e do meu marido (comida, roupa, casa limpa), fez companhia para Jojoe e dedicou-se muito ao que eu queria e pedia para ela. Ela batia foto e me deixava a par de tudo que estava acontecendo na minha casa e me fez sentir “parte” desta organização, o que me deixou muito bem. Um mês depois meu pai veio e meu coração ficou descansado: sabia que meus amores estavam bem, sabia que meus pais estavam por perto e que Ian e eu tínhamos o apoio que precisávamos neste momento tão delicado.
Ai o Ian nasceu e eu fui para casa… e todo o amor e dedicação continuaram. Fiz cesárea e não conseguia me movimentar muito nas primeiras semanas. Isso, somado ao fato de que fiquei em repouso por 2 meses me debilitou bastante. E eu tive a ajuda e o carinho que precisava para me recuperar em pouco tempo. E mesmo depois de recuperada a ajuda continuou. Como demoro para descer de manhã para cozinha – já que minhas noites são bem agitadas com um bebê que não gosta muito de dormir – meu pai me trazia um café da manhã delicioso todos os dias. Também saímos pouco e almoçamos em casa quase sempre… e este almoço sempre foi caprichado e feito com tudo que eu gosto pela minha mãe, todos os dias. E quando o Thomas chegava da creche minha mãe cuidava do Ian para eu poder me dedicar 100% ao meu filho mais velho, no qual “fiquei longe e sem cuidar” por 2 meses. E todas as vezes que o Ian precisava de mim e eu estava ocupada, eram os avós que ocupavam o Thomas com brincadeiras e histórias criativas. E todas as vezes que Jojoe queria passear e eu não podia levá-lo (ou seja, 90% das vezes) foi meu pai que colocou o peludo na coleira e o levou para um longo e delicioso passeio. E nada de lavar e limpar também. O foco dos últimos 135 dias foi sempre o bebê e a minha saúde.
E por causa de todo este amor, dedicação e trabalho eu não poderia deixar de escrever este post hoje, no dia que meus pais foram embora, depois de 135 dias (4 meses e meio) aqui. Este post não é só para mostrar o quão grata eu sou por toda a ajuda, mas para dizer que eu nunca vou esquecer dela e que eu vou fazer questão de contar para o Ian – e relembrar o Thomas – de tudo que foi feito para que eles crescessem fortes e saudáveis e a mamãe aqui ficasse bem.
Palavras nunca serão suficientes para expressar a gratidão e o amor que eu tenho pelos meus pais e tudo que eles fizeram e fazem por mim e pela minha irmã, mas eu acho que este texto pode, de certa forma, mostrar um pouco sobre isso. Pai, mãe, obrigada por tudo. Amo vocês!
Que texto lindo Gabi. Foi uma ótima maneira de dizer obrigado!
que lindos! é maravilho ter pais assim tão amorosos e dedicados, os meus são assim e como não moramos na mesma cidade, eles largam tudo para ajudar a mim e minhas irmãs! =D
Ai, que texto mais lindo e emocionante. Deu para sentir daqui tanto amor!
Como esse amor é lindo Gaby! Chorei aqui de saudade da minha mãe com teu texto. Um beijo