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Os 3 primeiros meses do Thomas

Collage_Thomas

Estou para escrever este post dos 3 meses do Thomas desde terça-feira (quando ele completou este “marco” no seu desenvolvimento) e não consegui. E não, não foi por falta de tempo ou falta de inspiração… o que aconteceu foi que eu não conseguia encontrar as palavras certas para deixar registrado tudo que aconteceu nestes 3 meses de vida do meu bebê aqui no blog. E apesar de estar publicando este post hoje, ainda acho que as palavras escolhidas não são as melhores…

Eu poderia dizer que ele se desenvolveu muito (já sorri para a gente e parece nos reconhecer), que cresceu (está com 8.2kg e 69cm), que está mamando bem (praticamente de 2h em 2h ou até menos e abandonou a fórmula) e que eu tenho dormido pouco (3-5h por noite)… Todos dizem que os 3 meses do bebê é um marco pois ele passa da fase de recém nascido para bebê propriamente dito, e que a vida da mãe se torna muito mais fácil. Sim, eu concordo com isso. Mas o que eu quero realmente falar neste post é de como eu mudei em tão pouco tempo. As minhas prioridades mudaram, os meus medos mudaram, o amor que eu tenho pela vida mudou… tudo aconteceu tão intensamente e em tão pouco tempo que eu às vezes acabo tentando lembrar de como eu pensaria em uma determinada situação antes, pois não me reconheço mais. Muitas pessoas podem pensar “meu Deus, ela já mudou tanto em só 3 meses, que exagero”, mas eu sinto que foi isso mesmo que aconteceu. Não, não foi o fato de ter sido 3 meses que se passaram, o que aconteceu foi que neste tempo um serzinho tão precioso e tão esperado entrou na minha vida e me fez ver que todas as preocupações bobas não tem fundamento, que Deus é sim (muito) bom e que persistir naquilo que você sonha é o caminho da felicidade. Foram 3 meses de grandes mudanças e de grandes (enormes) felicidades!

Eu sempre observava amigas e familiares que se tornavam mães mudarem de alguma maneira (por exemplo, responderem diferente a determinadas situações e mudarem seus hábitos de vida) e hoje eu entendo o porquê. Parece que a ficha caiu sabe. Sua vida acaba deixando de ser sua, e você faz tudo por alguém que você começa a amar mais que tudo em tão pouco tempo. Eu achei que isso seria impossível e pensava “vai ser um período de 1 mês no máximo de adaptação e depois eu volto a ter os mesmo hábitos”. Não, não é isso que acontece. E não, eu não quero que isso aconteça. Nesses 3 meses eu esqueci do que eu gostava de fazer em casa, muitas vezes fiquei sem pentear o cabelo, de pijama o dia todo e sem me arrumar (às vezes por dias seguidos), houveram dias que eu não consegui comer direito ou tomar um banho demorado… Não pensem que ser mãe é sempre lindo (mesmo pra mim que esperei muito tempo para me tornar uma): é uma situação desafiadora e difícil, mas extremamente recompensadora e encantadora.

E o medo? Quem é mãe sabe que o medo é nosso companheiro de todos os dias: medo de que você não esteja fazendo algo certo, medo de que seu bebê esteja passando calor ou frio, medo dele não estar se alimentando direito, medo de estar mimando demais, medo de estar mimando de menos, medo de não estar estimulando ele direito, medo dele se machucar, medo da água do banho estar muito quente ou muito fria, medo de deixar ele desconfortável com uma roupinha, medo dele estar dormindo pouco ou muito… enfim, medo de que algo de ruim possa acontecer com ele. É uma loucura!

Eu estou ficando bastante em casa – até porque com frio do inverno de Toronto não é muito legal sair com um bebê pequeno – e tentando aproveitar ao máximo este momento meu e dele. Estar em casa e me dedicar exclusivamente ao meu pequeno está sendo gratificante, pois é algo que eu sempre quis e me sinto abençoada por estar vivendo este momento. Saber que eu estou ao lado dele sempre que ele chorar, sorrir ou quiser algo me torna mais forte e eu sei que terei muita saudade destes momentos em que ele dependia de mim até para se alimentar. Todos os dias a gente se conhece mais, se curte mais e cria um vínculo de amor que irá durar para sempre. Ah, e o amor… nem quero entrar neste assunto pois não saberia mensurar o quanto amo meu pequeno Thomas. É um amor que dói o peito mas que acalma o coração ao mesmo momento, um amor forte e simples, que me deixa com a sensação de completa. Amor que eu não conhecia e que eu pude vivenciar nestes 3 últimos incríveis, longos, cansativos, intensos e maravilhosos meses…

Marcações:

20 comentários em “Os 3 primeiros meses do Thomas”

  1. Que gostoso ler relatos assim, Gaby.. Não vejo a hora de termos o Benjamin com a gente também. Ler histórias como a sua me emocionam muito.. (Como ando chorona nesse terceiro trimestre. Meu Deus!)
    Curta bastante o Thomas durante o inverno no quentinho da sua casa e quem sabe no verão a gente não se encontra no Humber Park com os pequenos pra trocarmos figurinhas?
    Parabéns pelos 3 meses do Thomas. Ele está lindo!!

  2. Lindo relato! Me identifiquei demais nas suas palavras, só com uma diferença: banho demorado acho que só tomei 1 depois de Oliver nasceu e isso pq me “obriguei” hehehe mesmo ele estando dormindo eu acho que tenho que ficar à postos pra ele (loucura de mãe kkk). Bjs no Thomas lindo e gostoso!

  3. Ele está muito bem, Gaby! Lindo e com carinha de bebê saudável – palavras de pediatra!
    Se eu estivesse aí e fosse a pediatra dele, bem daria uns apertões nas bochechinhas dele (brincadeirinha, sei que os pediatras canadenses não são assim).
    Parabéns!!

    1. Ola Juciara… obrigada! Eu fico muito apreensiva pois passei de formula + leite materno para somente leite materno, mas as bochechas não mentem: Thomas está sendo bem alimentado. Realmente aqui eles são beeeem mais sérios. Obrigada pelo recado!

      1. Gaby, imagino a angústia pela qual você passou com essa dificuldade inicial para amamentar o Thomas. Mas pelo rostinho saudável dele, dá pra saber que seu seu leite não fica atrás de nenhuma fórmula, mesmo essas mega-ultra-nutritivas que existem aí no Canadá. Foi feito exclusivamente para oThomas e não há melhor, com certeza! Costumo dizer para as mãezinhas dos meus pacientes que engordam e crescem assim como tem acontecido com seu bebê, que elas têm “leitinho tipo exportação”, da melhor qualidade!
        Beijos!!
        *Uma curiosidade que pude perceber quando fiz um estágio aí no SickKids, em 2011, é o receio (ou talvez cuidado extramado) que os médicos têm de colocar a mão no paciente! Lembro que mesmo para os muito pequenos, os médicos que eu acompanhava pediam licença para levantar a blusa e fazer uma ausculta pulmonar, ou qualquer outra coisa! Isso mudou muito a minha conduta aqui no Brasil onde isso é tão diferente, né?! É assim nas consultas de puericultura do Thomas? O pediatra (ou “médico de família”) examina direitinho?
        Desculpe minhas curiosidades.

  4. Nossa! Que lindo, Gaby! E vc ainda disse que não escolheu as melhores palavras?! Ainda não sou mãe, mas fiquei emocionada com o seu texto! Que Deus ilumine vc e toda a sua família! O mundo está precisando de mais palavras doces e do “bem”, como as suas!

  5. Olá Gaby, primeiramente parabéns pelo Thomas…he is so cute!
    Acompanho teu blog há alguns meses e gosto muito da forma que escreves pois me relembra muitas coisas boas e também alguns mitos de quem não conhecia o Canadá. Morei em Vancouver há 5 anos atrás quando ainda não tinha filhos e no meio desse ano estou mudando com a família (que cresceu) para Toronto. Agora tenho um menino de 4 anos e ao final de março nasce o segundo menino. Minhas maiores angústias sao com relação a escolha de escola pro maior e, por incrível que pareça, em saber como funciona o atendimento com pediatra e as vacinas aí no Canadá!!! Sistema de saúde bem distinto do Brasil e se tiveres alguma dica será muito bem-vinda!
    Mais uma vez parabéns pelo blog
    Helena Dall Pizzol
    Porto Alegre, RS

  6. Até o furinho no queixo e’ dos Lemos …
    Realmente estes 3 primeiros meses provocam uma mudança grande na vida principalmente das mães , muito comum ficar o dia inteiro pijama ….
    Para dormir assim que o bebê dorme !!!
    Poupar forças p as noites .
    E se deliciar com cada sorriso do bebê e com as mudanças que vão acontecendo dia a dia

  7. Gaby, estou boba no seu blog!!!!!
    Amando todos os posts que li! Encontrei por acaso, procurando por universidades e experiências fora do páis, que é algo que eu tenho muita vontade de fazer, e me deparei agora com esse post de pura fofura!
    Seu bebê é um amor, uma verdadeira fofura, uma carinha mais linda que a outra nas fotos!
    Seu post com suas experiências…. simplesmente lindo!! É de ficar sonhando em ser mãe!
    Parabéns! Não tenho dúvidas que és muito merecedora de todos esses momentos felizes e de muito amor!
    Muito sucesso a você e toda família!

  8. Pingback: O ano de 2016 contado por 10 posts - Gaby no Canadá

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