Mais um passo rumo ao meu título de “PhD”

Hoje foi minha defesa #1 do Doutorado – sim, aqui no Canadá temos duas defesas mas eu considero a primeira mais desafiadora pois é quando você irá mostrar seu trabalho pela primeira vez para a banca e quando eles irão fazer as maiores críticas. Além disso, eu estava também nervosa pois o processo daqui é muito diferente do Brasileiro e eu não sabia como iria funcionar (porque não havia assistido nenhuma defesa antes da minha). Mas tudo deu certo (muito certo!) e estou muito feliz… afinal, fiz o projeto que havia sonhado, no tempo que havia planejado e aprendi muito, muito mesmo.

Para quem não sabe, PhD – Doctor of Phylosophy – é o título dado a quem conclui um doutorado. Filosofia, neste caso, remete ao significado original da palavra: “amor pelo conhecimento” – não significa necessariamente que o doutor é filósofo, a não ser que tenha feito um doutorado em filosofia. No meu caso, eu sempre amei o conhecimento, antes mesmo de começar a fazer doutorado (e quem me conhece sabe como eu adoro estudar, ler, escrever e fazer cursos). Durante o Doutorado eu sempre fui muito crítica e busquei informações para entender teorias e hipóteses, para melhorar métodos e buscas entender vários aspectos da sociedade e do meu grupo de sujeitos. Nos últimos anos minha visão crítica sobre o mundo amadureceu, assim como eu amadureci.

Hoje eu sai daquela sala (depois de mais de 2 horas de apresentação e perguntas) refletindo bastante sobre meus resultados e sobre meu amadurecimento científico. Na minha opinião, tudo que permite a vida que temos hoje é resultado direto ou indireto da ciência. Portanto, tudo aquilo que estudei nos últimos 4 anos irá refletir na nossa vida (sim, na sua vida também). E esta sensação de dever cumprido, um dever “significativo” cumprido, é bom demais!