Estava vendo na Internet como é comum as pessoas terem listas do que querem fazer antes de completarem seus 30 anos. As atividades (ou diria desejos) são variadas(os), desde aprender uma nova língua e conhecer Las Vegas, a pular de pára-quedas (super popular, inclusive) e ir a Tailândia. Quando vi a popularidade deste tema pensei: “não posso deixar de fazer minha lista também, afinal, faltam menos de 4 meses para eu completar 30 anos“. Então, abri uma página do Word, fiz uma tabela com 30 linhas (para meus 30 itens) e comecei a pensar, pensar, pensar… e não consegui escrever nenhum item, nenhum item sequer.
Quando pequena, ná época dos questionários de colégio (aqueles cadernos que possuiam uma pergunta em cada página, e cada pessoa tinha que escrever sua resposta em uma linha), na pergunta “qual idade você quer casar?” eu respondia “25”(coincidentemente foi a idade que casei). Ainda sobre os questionários, na pergunta, “com quantos anos você quer ter filho?” eu respondia “antes dos 30”. Para mim, 30 anos era a idade que as pessoas se tornavam adultas, que o “felizes para sempre” começava. Para mim, nenhuma princesa tinha 30 anos, no máximo Branca de Neve tinha 25. Com 30 anos ela já teria filhos e estaria feliz em casa com seu príncipe (não rendendo, portanto, mais nenhuma fascinante história). O que quero dizer é que, tradicionalmente, pessoas mais novas estabelecem metas, desejos e objetivos que elas esperam obter com uma certa idade e, geralmente, os 30 anos são considerados esta data mágica.
Hoje, prestes a completar 30 anos, eu confesso que minha vida é muito diferente (e talvez melhor) do que eu imaginava quando tinha meus 14-15 anos e era viciada em questionários de colégio (confesso!). Não, não quero dizer que por eu não ser mãe (ainda) minha vida está melhor (não é isso!), mas eu me considero nova (muito mais do que imaginava que seria) e vejo que a vida reservou surpresas maravilhosas, melhores do que eu esperava. Claro que eu quero ser mãe, mas vejo que o mito de “após os 30 anos nos tornamos mais maduros, temos que constituir uma família e temos que ter nosso negócio e a vida planejada” está totalmente ultrapassado.
Depois que nos mudamos para o Canadá a nossa vida é tudo menos planejada: levamos cada dia de uma maneira diferente, planejamos a semana (e não o ano), passeamos (muito), conhecemos novos lugares e procuramos nos redescobrir em cada um deles, procuramos experimentar tudo (comidas, cidades, atividades, culturas) e não temos medo do amanhã e nem da idade. Sinto que após meus 30 anos irei (ao lado daqueles que amo) viver os melhores anos de nossas vidas, mesmo que com algumas rugas a mais.
Voltando a lista, eu nunca fui de fazer esportes radicais (e não poderia colocar nada disso na minha lista), irei aprender outra língua logo (mas provavelmente depois dos 30), adoro viajar (eu sei que irei conhecer vários locais, mas tudo a seu tempo), … realmente não sei o que colocaria na lista. Ah, talvez a única coisa que listaria seria estar com minha família quando soprar a velinha no dia 13 de Julho… oops, isso já irá acontecer! OBA!
Oiii gaby!!
é mesmo assim… tinha o mesmo pensamento quando era pequena.. e fora que parecia uma coisa tão distante né! e não é que já está aí batendo na ports os 30 anos?! hehehe
Beijos
É amiga… 30 chegando mais cedo do que imaginamos! hehehehehhe 🙂