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Detroit: visitando o Henry Ford Museum e a Greenfield Village

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Em julho deste ano fomos (finalmente) explorar algumas das atrações de Detroit. A cidade fica tão pertinho de Toronto – um pouco mais de 3h30 de distância – e é cheia de atrações e muita coisa legal para fazer. Tá certo que a cidade está com uma fama um pouco ruim desde 2013, quando Detroit se tornou a maior cidade americana a pedir falência, com dívidas de pelo menos US$15 bilhões de dólares. Ainda, a população da cidade diminuiu em mais da metade desde o seu auge na década de 1950 até hoje, passando de 2 milhões de pessoas para 713 mil habitantes. Diante de tanta informação ruim eu nunca me animava a visitar o local; mas, foi lendo com calma que eu vi as atrações incríveis da cidade e colocamos no roteiro alguns passeios, entre eles o Henry Ford Museum e a Greenfield Village, que eu irei mostrar para vocês neste post.

Sobre Henry Ford

Antes de eu falar sobre as duas atrações incríveis que eu visitei em Detroit eu tenho que contar para vocês um pouco da história do Henry Ford, o fundador da empresa Ford Motor Company (a empresa de carros Ford que hoje conhecemos). Ford entrou para a história pois foi o criado do sistema de produção em massa – conhecido como Fordismo – que tornou possível a otimização do processo de produção de carros, o que resultou no aumento de produtividade, redução dos custos e mais acessibilidade deste bem para a população em geral. Henry Ford nasceu em uma região rural próxima de Detroit e foi ali – mais precisamente na cidade vizinha de Dearborn – que seu império foi criado. E é nesta cidade que fica a sede da Ford (Ford World Headquarters) e as atrações que irei falar neste post.

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Henry Ford Museum of American Innovation

Eu sempre digo que se há uma coisa que os americanos sabem fazer bem é preservar sua história, e é isso que este museu faz (e muito bem). O local é interessantíssimo e traz muito mais do que carros (o que eu imaginei que somente teria no local antes de visitá-lo). O Henry Ford Museum tem máquinas agrícolas, aviões, trens, carros históricos e muitos outros objetos que marcam a história americana. Lá você encontra vários carros de presidentes americanos, inclusive a limousine one John Kennedy foi assassinado, o ônibus que Rosa Parks sentou em 1 de dezembro de 1955, um dos últimos letreiros originais dos primeiros anos de McDonalds, o primeiro modelo de carro da Ford (Ford Model A), a locomotiva the Chesapeake & Ohio Railway de 1941 (uma das mais potentes e maiores já construídas), uma cadeira de Abraham Lincoln, entre outros. O museu superou minhas expectativas e foi interessante para mim e toda a minha família (incluindo o Thomas, que amou olhar tantos carros juntos).

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A dica é deixar um período do dia para o museu (fizemos em uma manhã) e emendar com a visita ao Greenfield Village ou à Ford Rouge Factory Tour, a fábrica de quase 100 anos (já modernizada) que hoje produz o carro F-150 da Ford. Como eu estava louca para ir na vila a gente não fez o tour da fábrica e deixamos para uma ótima oportunidade (com criança seria quase impossível fazer os 3 locais em 1 dia). Vale falar que o tour da fábrica dura mais ou menos 1h30 e você precisa comprar o ticket com antecedência para ter acesso ao edifício. A Luciana do blog Colagem fez o tour e contou tudinho neste post aqui.

Greenfield Village

Imagine alguém muito, muito rico (Henry Ford), que compra um terreno enorme perto de Detroit (mais precisamente de 32 mil metros quadrados) e começa a “colecionar” prédios históricos espalhados pelos USA. Imaginou? Esta é a Greenfield Village, que é um museu vivo da história americana e mundial (e é fantástica).

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A vila possui casas de figuras importantes da história. Vou citar alguns e tenho certeza que vocês vão conhecer: os laboratórios de Thomas Edison (que, segundo eles, não inventou a lâmpada mas otimizou esta invenção), a casa de Noah Webster (onde ele escrever o primeiro dicionário Webster), a loja e a oficina dos irmão Wright (inventores e pioneiros da aviação), a casa da fazenda da família Firestone (sim, dos pneus Firestone), o tribunal onde o ex-presidente americano Abraham Lincoln trabalhou e a casa de H.J.Heinz (criador do ketchup mais famoso dos USA). E é claro que não poderia faltar a casa onde Henry Ford cresceu, a escola que estudou e sua primeira loja. E é importante falar que ele não replicou nada: as casas ali são “originais” e foram transportadas para o local.

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Além das casas históricas há outras atividades, como um trem a vapor que percorre a propriedade, um carrossel de madeira de 100 anos, passeios com carros antigos da Ford e muito mais. As pessoas que trabalham no local se vestem com roupas de época e há vários teatros e atividades para você participar, incluindo uma partida de baseball com o time da época. Tudo muito bem feito e incrivelmente organizado. Vale falar aqui que o local não é pet-friendly, então nem levamos Jojoe nesta viagem porque ele teria que ficar preso o dia todo no hotel e não seria justo com nosso peludo.

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A dica aqui é ficar um dia todo no local e explorar bem todos os detalhes e curiosidades que a Greenfield Village tem a oferecer. Nós só tínhamos um dia para todas as atrações e então fizemos a vila em umas 3h (e foi corrido, passamos super rápido em vários locais e eu queria ter explorado com mais calma). Então tirem 1 dia inteiro para explorar a vila.

Onde comer

Ford’s Garage: bar de hamburger e cerveja com tema de oficina de 1920 que abriu na semana que estivemos no local e tinha uma fila enorme na entrada (infelizmente não conseguimos experimentar). Os reviews do local são ótimos e acredito que jantar por lá fecha o dia temático de carro com chave de ouro.

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Eagle Tavern: restaurante dentro da Greenville Village em um prédio histórico de 1850 com preparação dos pratos, menu e experiência de época (sem luz elétrica e com atendentes vestidos com roupas da época). A Luciana do blog Colagem comeu no local e contou tudo neste post aqui.

Al Ameer Arabic Restaurant: Dearborn é a cidade com o maior número de imigrantes do Oriente Médio na América. E é por isso que os restaurantes deste tipo de cozinha são um must-go no local. Todas as dicas que peguei online indicavam comer no Al Ameer Arabic Restaurant. Não fomos mas fica aqui a dica se você gosta deste tipo de comida e estiver no local.

Buddy’s Pizza: se você está procurando um local tradicional para comer vá ao Buddy’s. Esta pizzaria de mais de 70 anos vende pizzas quadradas (The Original Detroit Style Square Pizza) que são super populares entre os locais. O ambiente do local remete aos anos 1930 e a experiência parece ser incrível.

Onde se hospedar

Há várias opções de hotéis na região e optamos por nos hospedarmos no The Henry Autograph Collection, um hotel incrível em Dearborn que fica pertinho das atrações. Acertamos em cheio! O hotel é super legal, com várias obras de arte espalhadas pelos seus corredores – que você pode comprar. O quarto que pegamos era demais: com dois banheiros, uma cama super gostosa e um sofá cama confortável, além de muito espaço para transitar (afinal, estávamos em 4 adultos + Thomas). A piscina do hotel é super gostosa e foi aprovada por todos. O café da manhã não está incluso na diária e custa em torno de CAD$25 por pessoa. O wi-fi e o estacionamento são gratuitos. A gente acabou indo em um Tim Hortons (isso mesmo, existe Tim Hortons na região) e gastamos este valor para 4 pessoas. A diária custa entre $250-450, dependendo do número de pessoas no quarto. Para mais informações sobre o local clique aqui.

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Em resumo

Eu AMEI conhecer um pouco mais da história de Detroit e dos USA e visitar estes lugares incríveis. Nem acredito que demorei tanto tempo para ir para lá. Acho que se você curte história deve sim passar um final de semana no local. Nós saímos em uma manhã de sexta, passeamos por downtown Detroit na sexta à tarde (amanhã eu conto para vocês o que eu achei desta experiência), visitamos estes dois locais (museu e vila) no sábado e domingo passamos em Frankenmuch, uma cidadezinha alemã a 1h30 de Detroit que é a nossa cidade favorita da região (e sempre visitamos quando passamos por lá). Acho que este roteiro é ótimo e dá para curtir um final de semana diferente, pertinho de Toronto. Espero que tenham gostado da dica e amanhã eu trago mais um post sobre esta viagem, falando da minha opinião sobre a cidade de Detroit.

Por fim gostaria de agradecer às organizações Henry Ford por me convidarem para conhecer o local e fornecerem ingressos para todas as atrações e ao hotel The Henry Autograph Collection por nos receber tão bem.

14 comentários em “Detroit: visitando o Henry Ford Museum e a Greenfield Village”

  1. Que coincidência, sério! Ontem mesmo entrei aqui procurando um post sobre Detroit e não tinha achado! hahaha, fiquei com muita vontade de passar o dia nessa vila, parece um lugar muito incrível! Obrigada Gaby!

  2. Adorei a dica Gabi. Já tinha procurado aqui dicas de Detroit e não tinha achado. E que tal Buffalo? Já foi? Alguma dica? Obrigada e adoro seu blog.

    1. Ola Heloisa. Amanhã tem mais dicas de Detroit – ou melhor, uma reflexão sobre visitar a cidade depois da crise. E Buffalo não fui passear, só de passagem. Quero ir no verão, vamos ver se surge uma oportunidade. Obrigada pelo recado

      1. obrigada!!
        Depois que enviei o comentário abri os links e vi sobre preços e horários.
        A fábrica não abre domingo.. mas tranquilo!

  3. Adorei o seu post Gaby! Moro próxima a Detroit e esses passeios estão sempre no nosso roteiro quando familiares ou amigos vem nos visitar! Todos adoram e voce descreveu perfeitamente tanto o museu como o Greenfield Village. O Greenfield requer mesmo 1 dia inteiro de passeio e deixo aqui a dica para quem puder, visita-lo em datas comemorativas como o Memorial day, 4 de Julho, na época do Halloween e Natal. Tem sempre atracoes especiais nestas datas e decoracao especial. Parabens pelo post e pelo blog!
    Grande Abraco
    Juliana

  4. Pingback: Detroit: vale a pena visitar? - Gaby no Canadá

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