Hábito: substantivo masculino, definido pelo comportamento que determinada pessoa aprende e repete frequentemente, sem pensar como deve executá-lo. Uso, costume; maneira de viver; modo constante de comportar-se e de agir.
Há várias situações em que este comportamento – hábito – pode ser mudado. Por exemplo, se a pessoa casa com alguém, acaba adquirindo alguns hábitos daquela pessoa; quando mudamos de emprego, chegamos com manias antigas mas acabamos nos adaptando ao novo ambiente… e por ai vai. Pra quem mora fora do seu país de origem, a mudança pode acontecer de várias maneiras: alimentar, cultural, amizades, família, atividades… No meu caso, os mais de 8 meses vivenciando a cultura Canadense estão fazendo com que eu mude muitos hábitos, eliminando antigos e adquirindo outros tantos. Hoje me deparei pensando nisso e quis compartilhar com vocês, através de 10 hábitos canadenses que eu acabei adotando o que, para deixar claro, não fez com que eu mudasse minha personalidade (coisa que acontece com frequencia em algumas situações). É importante falar que a ordem apresentada é irrelevante!
Ler jornal no TTC: pode ser uma ação simples e a maioria das pessoas deve fazer isso na sua cidade, mas eu não tinha o hábito de ler em ônibus, metro… o que acontece agora é que quando eu chego na estação eu vou “a caça” do meu exemplar do Metro – jornal gratuito daqui – antes de entrar no trem. E eu não sou a única; ou melhor, quando eu não estou lendo é que eu sou a única (e me sinto deslocada). Taí um hábito legal, diferente, que me faz muito Torontoniana! (hehehe).
Estar sempre com um copo na mão: no verão é frappuchino, no inverno latte… Não importa a estação, Torontoniano que se preze sempre terá um copo na mão ou uma garrafa de água na bolsa. Isso é regra. Mais canadense ainda são aqueles que bebem café no Tim Hortons (cafeteria daqui, que literalmente tem lojas em cada esquina da cidade)!
Checar a previsão do tempo: este não é somente um hábito, mas um vício. Para vocês terem uma noção, eu tenho 3 aplicativos de previsão de tempo e, além de checar os três, ainda acabo comparando e apontado as diferenças entre eles. Aqui no Canadá a previsão não falha: se diz que vai começar a chover as 3 da tarde, pode se preparar que vem chuva neste horário. Como há dois climas bem definidos por aqui – o da rua e o de dentro de casa – é sempre bom checar para não ter surpresas desagradáveis e poder escolher a roupa certa na hora de sair de casa!
Uso de cachecol e afins: nunca irei me esquecer quando estava aqui em 2009 e minha amiga Catalina, ao me ver de echarpe, comentou: “você está com cara de Torontoniana!”… foi ai que eu aderi ao hábito de sempre ter um cachecol dentro da bolsa e pronto, virou mania. E quando eu digo sempre, digo no verão também! Até porque parece mágica mas se estamos com frio é só colocar qualquer coisa no pescoço que tudo esquenta!
Guarda chuva: ninguém usa guarda chuva por aqui. Ou melhor (para não ser radical) poucas pessoas usam! Quando está chovendo fraco é capa de chuva e quando está chovendo forte os Canadenses ficam em algum café esperando passar o temporal… assim, sem nenhuma preocupação. Eu só tive uma sombrinha desde que cheguei aqui. Ela congelou (e quebrou) e não comprei outra. No Brasil eu vivia com uma sombrinha na bolsa e se esquecesse corria para comprar. Aqui eu simplesmente não uso. Muito engraçado isso!
Sacola reutilizável: não sei o porquê, mas aqui em Toronto a gente é mais consciente em relação a preservação da natureza, o que é muito legal. Em primeiro lugar, se você quiser sacolas plásticas ou de papel (no supermercado, lojas, etc) tem que pagar. O preço é baratinho (5 centavos) mas o legal é a conscientização que isso acaba gerando. Por causa disso, a maioria das pessoas anda com sacolas reutilizáveis (daquelas grossas, de plástico, pano, lona) e as utiliza quando vai às compras.
Marmita: pela manhã, quando venho trabalhar ou mesmo na Universidade vejo muita gente segurando sacolas térmicas (vulgo marmitas). Sim, há as bolsas e as marmitas, separadas, sempre. O fato é que as pessoas não param na hora do almoço. Elas trazem seu próprio almoço e comem ali, na sala de aula, na mesa do escritório, na calçada da rua, no metro. No começo eu achava muito estranho, por exemplo, colegas da aula comendo arroz, brócoli, bife durante a aula. Hoje eu já me acostumei e até arrisco um arroz e feijão na aula de Fisiologia hehehehe! É muito engraçado, totalmente diferente!
Smartphone: não sei como está a situação no Brasil, mas aqui está ¨tudo dominado¨. Todo mundo sempre está com um celular na mão e fone de ouvido, seja na academia, metro, rua, parque, etc. Só não no trabalho e na aula, obviamente. Nem preciso dizer que eu também estou viciada! Mas acredito que este não seja somente um hábito canadense, já deve ser mundial!
Havaiana com tudo: confesso que este hábito eu ainda não adquiri totalmente (só uso mesmo para caminhar com meu cachorro). Aqui o pessoal sai pra balada de vestido e havaiana, usa calça jeans e havaiana pra ir no shopping, essas coisas… Eu ainda sou (super) adepta ao salto alto e acho que vai ser difícil mudar isso! Detalhe, é havaiana mesmo (do Brasil) e não outras marcas.
Jantar ou café da tarde: um hábito (acredito que saudável) que adquirimos foi o de jantar cedo. Aqui em Toronto o ¨expediente¨ acaba as 4h30 e essa é a hora do rush por aqui (diferente do Brasil que era às 19h quando eu morava por lá). Bom, porque o Juliano não trabalha muito perto, acabamos jantando por volta das 6h30-7h, mas quando ele trabalha de casa ou nos finais de semana jantamos mais cedo do que isso. Os canadenses tem o costume de jantar cedo (5pm) e é engraçado porque os restaurantes acabam fechando cedo (11pm já está tudo fechando). Ah, e os bares fecham cedo também (1am-2am no máximo).
Nossa eu ia tá ferrada aí ! Sou coruja da noite! Acho que vivo sempre noutro fuso horário! Que não é do Brasil nem da Austrália… deve ser algo como fuso de Paris ahahah 😛
Já estou cansada disso mas não consigo modificar esse hábito. Preciso me esforçar mais!
Me vejo aí em muitos do hábitoss! Até o da havaianas eu já aderi… (foi-se o meu glamour do salto alto…hehehe)…
Bjos
Adri
Jura Adri? Eu ainda insisto no salto mas só me ferro… quando fomos no show do Jack Johnson no sábado fui de salto e meu pé ficou super dolorido… tive até que tirar para voltar para casa porque não conseguia mais dar um passo! heheheh…. o jeito é aderir mesmo!
Beijos
Um hábito que aprendemos aqui é o de segurar a porta para quem está vindo. As vezes a pessoa está lá longe, mas mesmo assim ficamos esperando um tempão até ela chegar.
Ler este post e estar vivendo tudo isso neste momento é surreal Gaby!
Acaba sendo engraçado fazer as comparações que estávamos acostumadas com o que estamos vivendo e adquirimos.
Ótimo Post!