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Itália com bebê: minha experiência

Hoje eu vou contar para vocês como foi minha experiência de viajar com o Thomas para um dos destinos mais visitados do mundo: Itália. Estivemos por lá no final de agosto e embora esta não tenha sido a primeira viagem do pequeno certamente foi a mais desafiadora. Isso porque não falamos italiano, o nosso roteiro ficou focado em cidadezinhas menores (que talvez não tivessem uma super infra-estrutura para bebês) e o Thomas tinha 10 meses (ou seja, não mama exclusivamente mas também não come a comida que comemos). Eu li muito e planejei muito como nossos dias seriam e como a dinâmica com o Thomas seria. Vale falar que ele é um bebê ótimo e adapta-se super fácil a tudo – novas comidas, novas rotinas e, posso dizer depois desta viagem, novos destinos. Então não estava muito preocupada, mas mesmo assim deu um friozinho na barriga quando eu pensava que ele poderia fica doente ou em como ele iria se alimentar. Acho que isso deve passar na cabeça de várias mães que querem viajar com seus bebês mas tem medo de não aproveitarem a viagem e de seus filhos não se sentirem confortáveis e felizes durante o passeio. Espero que este post ajude muitos pais que não estão tão seguros de viajar com um bebê de menos de 1 ano. Já adianto que tivemos momentos inesquecíveis e que tudo correu super bem – com exceção do fuso horário que bagunçou muito o sono e a rotina do meu pequeno.

Vôo

Esta não foi a primeira vez que Thomas voava, então não estava preocupada com o avião (a nossa primeira experiência foi compartilhada com vocês neste post aqui). Ao mesmo tempo era o primeiro vôo longo que ele ia fazer – as outras 3x tínhamos ido para os Estados Unidos em vôos de no máximo 3h30 e desta vez o vôo seria de 9h. Na ida viajamos à noite e o Thomas dormiu praticamente o vôo todo. Não pegamos o assento com o bassinet porque o Thomas não cabe no mesmo, então não iria adiantar. O que levei foi uma almofada de amamentação que fez com que ele – e eu – ficássemos mais confortáveis (já que ele dormiu no meu colo). Nosso vôo de volta era durante o dia e ai foi mais complicado, pois o Thomas não parava quieto e não queria ficar sentado ou dormindo. Tanto na ida quanto na volta eu dei para o Thomas um brinquedo diferente, que ele nunca tinha brincado antes. Achei esta estratégia ótima e ajudou a acalmá-lo por alguns minutos quando ele queria sair do nosso colo e explorar o avião.

Alimentação

Minha preocupação número 1 era com a alimentação pois viajar com bebê de mais de 6 meses é um desafio quando o assunto é esse. Isso porque o bebê já está comendo “quase tudo” mas ao mesmo tempo não pode comer “qualquer coisa”. No caso do Thomas ele come muito bem almoço e jantar e em cada uma dessas refeições eu dou a ele um grão, um vegetal, uma proteína e um carboidrato (tudo sem sal, ou seja, tudo preparado especialmente para ele). A solução que encontrei foi cozinhar sua comida durante toda a viagem e para isso eu comprei slow cooker (panela elétrica). Esta dica foi da minha irmã que viajou bastante com meu afilhado quando ele era pequeno e me mostrou que era sim possível esta loucura (porque é uma loucura pensar em cozinhar todos os dias quando você está viajando, certo?). Comprei a panela em Roma porque a vontagem de lá é 220V e aqui no Canadá é 110V e antes de irmos já fiz uma pesquisa e vi onde vendia (paguei EUR$40 na loja Euronics).

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Na verdade, em Roma ficamos em um apartamento todo equipado do Airbnb (olhem só que beleza a cozinha do local na foto abaixo), então cozinhei em um dia e congelei para os outros. Mas nos outros dias – na Toscana – ficamos em hotéis sem cozinha ou freezer, então o jeito foi cozinhar todos os dias para ele usando a tal panela. Passávamos no supermercado à noite e eu comprava a proteína e cozinhava para ele junto com lentilha, batata e uma verdura. Colocava tudo na panela e pronto, dentro de 30 minutos já estava tudo cozido. Depois só colocava nos potinho e na geladeirinha do quarto do hotel. No dia seguinte pedia para esquentarem no hotel mesmo e já colocada na Thermus (pote térmico que mantém a comida quente por umas 10 horas). O coitadinho comeu a mesma coisa quase todos os dias, mas não reclamou e abria a boca com vontade a cada colherada de comida.

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Em relação à água eu comprei na Amazon uma mini chaleira elétrica bivolt (esta aqui) e fervia água para ele todos os dias. Eu sempre tenho receio de dar água filtrada somente, então comprava as garrafinhas e fervia de noite para ele usar no dia seguinte.

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Na foto acima vocês podem ver “um pouco” do que precisava para poder cozinhar e alimentar o Thomas na viagem. Levei várias papinhas de fruta e vegetais orgânicos – que você acha aqui em Toronto em diversos supermercados e o preço varia entre CAD$1 e CAD$2 cada, biscoitinhos puffs para bebê (que Thomas tem curtido muito), potes de cereal e potes de fórmula (já que Thomas não mama mais no peito conforme contei aqui para vocês). Além disso eu trouxe também potinhos para congelar a comida, escova para limpar a mamadeira e mini detergente de bebê (que eu comprei na loja BuyBuyBaby).

Dormir

Sempre que viajamos levamos a nossa caminha pack-and-play. Para quem não sabe do que estou falando é uma espécie de cercadinho/berço desmontável que dá para levar dentro da mala e custa US$50 nos USA e uns CAD$140 aqui no Canadá (clique aqui e veja alguns modelos). Eu sei que já fiz um post com a lista de 10 produtos essenciais no enxoval do bebê mas pensando agora eu deveria ter incluído essa caminha pois a gente usa muito. Ai você pode pensar: nos hotéis que vocês estavam não tinha berço? E sim, alguns deles tinham e eu até poderia ter escolhido somente hotéis que tem a opção de colocar um berço no quarto, mas eu queria que o Thomas dormisse em algum lugar familiar então optei por usar o nosso.

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Banho

Acho que o segundo grande desafio de viajar com um bebê é a hora do banho. Isso porque não dá para colocar os bebês nas banheiras do hotel ou deixar eles de pé tomando banho. É necessário uma banheira. Foi fácil resolver este problema: nós compramos uma banheira inflável – esta aqui. Ela é super prática e resistente – já usamos várias vezes e até agora está ok. A gente enche com a boca mesmo e ela fica bem compacta na mala. Também comprei um mini sabonete líquido de bebê (comprei na BuyBuyBaby mas já vi na Shoppers aqui em Toronto).

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Roupas

Nossa viagem foi relativamente curta – 12 dias – sendo que 4 deles ficamos em Roma em um apartamento completo (com lavadora de roupas). Sendo assim eu lavei as roupas sujas do Thomas lá e depois não lavei mais (trouxe tudo para lavar em casa). Claro que levei muito mais roupas por causa disso, mas achei válido porque ninguém merece cozinhar e lavar roupa em uma viagem, não é mesmo? Optei por cozinhar, conforme escrevi acima, e deu tudo certo.

Carrinho

Thomas ainda não anda e para passear a gente usava quase sempre o nosso stroller guarda-chuva da UppaBaby (mostrei ele para vocês aqui). Ele é leve, super confortável para o Thomas e até tem uma alça que torna possível carregá-lo como uma bolsa de lado. Em Roma há muitas atrações que você não pode entrar com o carrinho, então se não quiser carregar seu bebê no colo não deixe de levar um canguru ou baby carrier. Nas cidadezinhas menores e medievais achei bem desafiador também passear com o carrinho, já que o pavimento é irregular e há muitas subidas e escadas.

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Uma outra coisa que levamos foi a capa de chuva específica do carrinho – e eu super recomendo. Ela não é barata mas vale cada centavo, na minha opinião. Quando chovia era só colocar e o Thomas estava protegido. Na foto abaixo dá para ver a capa do carrinho (foto batida em Montepulciano na Toscana).

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Fraldas

Eu levei um pacotão de fraldas para a viagem e só precisei comprar um pacote pequeno lá. Eu optei por fazer isso porque não queria me preocupar em saber se a fralda era boa, ou se ia segurar o xixi do Thomas. O Thomas dorme 12 horas direto à noite e precisa de uma fralda super-mega boa (se o xixi vaza ele acorda a noite e não é legal). E foi por isso que eu nem pensei 2x em levar muitas fraldas daqui. Acabou que ele precisou de mais e achamos Pampers (a marca que compramos) por lá, mas não achei a mesma qualidade das que encontro aqui no Canadá. Eu não lembro o preço que pagamos no pacote de fralda, mas não foi barato.

Rotina

Por fim eu gostaria de falar um pouco sobre a rotina do Thomas na viagem ou, como uma amiga veio me perguntar, se a gente manteve a rotina dele (i.e. os horários dos soninhos, das refeições e de dormir). A resposta é: parcialmente. Não conseguimos manter a rotina que ele tem aqui porque senão a gente não conseguiria passear tanto e visitar todos os lugares que tinhamos planejado visitar. Mas ao mesmo tempo foi uma viagem diferente e a gente respeitava também o Thomas e não fazia trajetos malucos e demorados. Em geral a gente acordava pela manhã, tomava um café demorado e ia curtir o hotel e a piscina. Optamos por pegar hotéis calmos e com belas vistas para a gente poder descansar todas as manhãs e curtir nosso bebê. Depois da piscina o Thomas capotava e tirava um cochilo de 1h. E só depois a gente saia de casa para conhecer alguma cidadezinha ou atração. Ai passávamos o final da manhã e a tarde toda na rua e só voltávamos para casa no início da noite, quando o Thomas jantava, tomava banho e dormia. O almoço e o soninho da tarde eram feitos na rua e ele adorava (na foto abaixo ele estava capotado nas ruas de Montalcino). Nós tentávamos estar no hotel perto das 8-9pm para que ele não dormisse muito tarde. Uma noite tivemos a péssima idéia de jantar no restaurante chique do hotel e Thomas chorou o jantar todo. Então optamos por almoçar bem e jantar cedo, para evitar que isso se repetisse. No fim voltamos para Toronto e a rotina dele não ficou bagunçada – pelo contrário, está ótima.

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Então é isso, acho que escrevi sobre tudo. Como sempre gostaria muito do feedback de vocês – o que vocês acharam, o que vocês fariam diferente e qualquer pergunta que quiserem fazer referente a este tema.

32 comentários em “Itália com bebê: minha experiência”

  1. Oi Gaby!
    Que post ótimo e super informativo! Curto muito seu blog.
    Gostaria de saber o que você faz em relação ao car seat? Você leva o seu, aluga ou não é obrigado em taxi, por exemplo?
    Obrigada.
    Ruth.

  2. Que delícia de viagem!
    Adorei a dica da panela.
    Estou num dilema se vou ou não para a Australia, 12 horas de diferença.
    A rotina do meu menino é boa, mas ele acorda 1 vez a noite para mamar ( vc fez algum sleeping traning com omThomas?). Meu medo é que a adaptação seja bem Difícil.
    Até para o Brasil levei fraldas e principalmente formula, tive que comprar na ultima semana e ele se adaptou bem, mas é um risco né?

    1. Ola Fabiana. Realmente, Australia é ruim para a gente (imagina para um bebe). Mas acredito que eles se acostumam e vc pode começar a mudar o horario antes da viagem). Fiz sleeping training sim com o Thomas, mas nada muito rigido (posso escrever sobre isso em um post). Beijos

  3. Parabens pelo blog gaby. Te acompNho a um certo tempo e adoooooro!!!
    Passeei na italia com marido e filho, q na epoca tinha um ano e meio e foi otima a viagem. Planejamos horarios de trem e aviao que coincidissem com o sono dele. Confesso q abrimos maos de muitas coisas por estar com um toddler q soh queria saber de correr pra la e pra ca… A gente sempre jantava no quarto do hotel, porque meu filho dorme cedo. Pra evitar eacandalos, a gente abriu mao.
    Mas nao me arrependo. A viagem foi otima principalmente porque estavamos com ele!
    Ele adorou a italia e se adaptou super bem aos hoteis, passeios…
    Ele eh o nosso companheiro de viagem! ???

    1. Ola Luana. Obrigada por compartilhar sua experiência. Eu concordo com vc: a gente abre mão de muita coisa, mas mesmo assim a viagem continua especial. Beijos e já estou me preparando psicologicamente para a fase toddler, que dizem ser bem mais dificil pois a criança não quer ficar parada.

  4. Oi Gaby! Fazia tempo que não passava por aqui. Amei o post!! Vai me ajudar muito pq vou pro Brasil sozinha agora em dezembro com o Ben e estou morrendo de medo de viajar sozinha com ele.. sabe o que queria te perguntar? Vc acha seguro se eu dormir dentro do avião com o bebe no colo? Tenho medo dele cair, sei la. Haha
    Pensei em levar a almfada de amamentacao tb e vou tentar o bassinet do voo (o Ben vainter 7 meses só. Acho que vai caber.)
    E ele vai estar começando a comer papinha… eu tb quero cozinhar pra ele mas nao sei se posso levar coisa feita no voo internacional ou se so posso levar aquelas papinhas prontas industrializadas. Vc sabe?
    Muito obrigada pela ajuda!
    Um beijo pra vc e sua familia!

    1. Olá Vanessa. Obrigada pelo recado. Vamos lá: 1) eu não dormiria com ele no colo, acho melhor colocar no bassinet. 2) dá para levar comida sim, e até água. Eles são bem tranquilos quanto a isso. 3) pode levar as papinhas prontas também, sem problemas. Eu levei de frutas na mala de mão e não teve problema algum. Beijos pra vc e sua família também

  5. Gaby, minha xará!
    Que delícia de viagem, que bom que todo mundo aproveitou, inclusive o baby Thomas!
    Acompanho seu blog desde que comecei meus planos pra ir pra Toronto, há mais de um ano, e semana que vem estou por aí, nem acredito!
    Queria que você soubesse como suas teu blog é INCRÍVEL com tantas informações pra quem está totalmente perdido como eu. Muito obrigada por esse trabalho lindo que tu tem feito!
    Beijão!

  6. Gaby! Parabéns! Cada vez te admiro mais! Super empenho viajar com bebe! Mas preencheste todos os requisitos pelo que observei! Com certeza foram momentos inesquecíveis! Beijos

  7. Oi Gabi! Adorei as dicas. Vou para o Brasil no final do ano com o meu Thomas que estara com 9 meses e o seu post me Ajudou a esclarecer algumas duvidas principal ente com relacao a alimentacao.

    Abracos
    Ju

  8. Oi Gabriela.
    Seu blog está sempre na minha primeira página.Adoro!!. Tenho curiosidade de como vc foi tratada no aeroporto de Itália. Minha família ja viajou algumas vezes, ou fizeram coneções para a Itália, e não tenho nenhuma experiência boa. Não importa o tipo de passaporte e a nacionalidade ,já que tenho que primas casadas com Alemães e tem passaporte. talvez seja racismo pq temos descendência negra. Vai saber a cabeça deste povo

  9. Pingback: Nossa viagem para Toscana em 2016 [Parte 1] - Gaby no Canadá

  10. Pingback: O ano de 2016 contado por 10 posts - Gaby no Canadá

  11. olá adorei as dicas, parabéns! estamos planejando uma ida a italia agora com meu filho de 11 meses. Comida é meu maior problema rs. Você indicaria seus hotéis que vc ficou?

  12. Boa noite Gabi,

    Tudo bem?
    Me chamo Pamela e estou conhecendo seu blog agora. Vou viajar mês que vem para Roma com meu bebê de 1 ano. Li e amei suas dicas. Sobre a alimentação levarei congelada do Brasil. 22 porções de comida congelada rotulada (Empório da papinha/ gourmetzinho- conhece?) Dúvida: Você sabe algo sobre esse tipo de alimentação ser proibida de entrar na europa?

    Na verdade to fazendo esse contato mesmo pra que você possa me falar um pouquinho como foi o seu deslocamento de Roma para toscana com o bebê, tipo, quantos dias em Roma, como foi o deslocamento pra Toscana e quais cidades conheceram.

    Aguardo ansiosa sua resposta!

    Abraços

  13. Oi Gaby!
    Sei que já faz 3 anos essa viagem, mas estou na mesma situação: bb de 10 meses e vamos para a Itália! Foi relativamente tranquilo os trajetos de trem com malas, carrinho e bebê? Ou acha melhor alugar um carro?
    Beijos e obrigada

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