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Nossa viagem para Toscana em 2016 [Parte 2]

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Conforme contei para vocês ontem, hoje vai ao ar a Parte 2 da nossa viagem pela Toscana. Semana passada eu mostrei para vocês os lugares que passamos no início da viagem – clique aqui para ver o post – e hoje eu irei falar dos 4 últimos dias, nos quais exploramos a região central da Toscana para visitar a região do Chianti e as cidades de San Gimignano, Siena e Monteriggioni.

Saímos do nosso hotel em Castelnuovo dell’Abate (cidadezinha próxima de Montalcino) e seguimos para nosso outro hotel em Castelnuovo Berardenga (cidadezinha próxima de Siena). Neste trajeto passamos por uma região chamada de Crete Senesi, que possui várias colinas e bosques rodeadas de cidadezinhas, sendo considerada por muitos a região mais diferente/interessante da Toscana. O solo desta região possui uma coloração acinzentada distinta e muitos descrevem a paisagem da região como lunar. A região é conhecida pela sua produção de trufas brancas e por lá tem até festival e museu dedicado ao raro fungo. Muitos pratos na região possuem esta iguaria e vale a pena provar pois é bem saboroso e, como disse, raro. Se você tiver tempo vale visitar a Abadia de Monte Oliveto Maggiore e a vila medieval de Asciano (nós passamos pelos dois locais mas não paramos).

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Região de Chianti

Chianti é uma região e não uma cidade específica (como eu achava antes de ir para lá). A área é uma das mais belas e mais famosas da Toscana e possui muitos lugares lindos para você visitar. O local é famoso pelo cultivo das uvas que se transforma no vinho Chianti. O Chianti Clássico DOCG é identificado pelo inconfundível Gallo Nero no rótulo (e que está em todos os cantos da região) e é o melhor vinho que um fã do Chianti possa encontrar. Você pode considerar as seguintes cidadezinhas como parte da região de Chianti: Gaiole in Chianti, Greve in Chianti, Radda in Chianti, Castellina in Chianti, Castelnuovo Berardenga, Panzano, Impruneta, San Casciano Val di Pesa, Tavernelle Val di Pesa, Barberino Val d’Elsa e Poggibonsi. São tantas cidades que eu até me perco (confesso que nem sei se listei todas aqui). Nós visitamos as seguintes: Gaiole in Chianti, Greve in Chianti, Radda in Chianti, Castellina in Chianti e Panzano. Greve in Chianti é a principal cidade da região e a visitamos em um sábado para poder curtir o mercado e almoçar na Piazza Matteotti, a praça triangular da cidade. Tem também Panzano, que é uma das cidades considerada mais linda da região. Se eu pudesse escolher alguma cidade para visitar certamente seria Castellina in Chianti, uma cidadezinha murada que tem vários restaurantes e lojinhas de vinho por todos os lados.

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Siena

Visitar Siena não estava nos nosso planos pois já estivemos por lá quando fomos para a Itália pela primeira vez. Mas eu lembro de ter ficado tão decepcionada porque a fachada do Duomo de Siena estava em reforma – com aqueles panos na frente que replicam em fotos o que está por trás – que eu e o maridão decidimos dar uma caminhada pela cidade no final de um dos dias. E foi uma ótima decisão pois eu não lembrava como a cidade era linda, organizada e especial. Em primeiro lugar há vários estacionamentos ao redor do centro – você só precisa estacionar (e pagar), marcar o número do seu parking e pegar os elevadores e escadas rolantes para chegar até o centro. Caminhamos em direção à Piazza del Campo em Siena e logo em seguida fomos até o Duomo de Siena, que estava sendo iluminado pelo sol que se punha. Eu abracei forte meu marido e meu bebê e fiquei emocionada com tanta beleza, agradecendo a Deus por aquele momento especial. Não entramos em nenhum lugar, apenas exploramos as ruas do centro histórico, tomamos um gelato e voltamos para o hotel.

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San Gimignano

San Gimignano é uma das cidades mais lindas da Toscana, sem dúvida. Eu poderia dizer que se você tivesse somente uma cidade para visitar na Toscana deveria conhecer San Gimignano, mas ai eu lembro como a cidade é abarrotada de turistas e como esta focada no turismo – perdendo muito de sua identidade. Claro que você tem que passar por lá, mas cidades como Pienza ou Montalcino são mais locais e autênticas. Bom, de qualquer maneira San Gimignano é tão linda, tão linda que não dá para não visitar (isso sem contar o caminho para chegar lá, repleto de girassóis – que já estavam secos quando fomos mas fica aqui a dica). San Gimignano é chamada de “Manhattan Italiana” já que nenhuma outra cidade construiu e conservou tantas torres quanto lá. As torres de San Gimignano chegaram a ser 72 mas hoje só restam 14.

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Há várias atrações em San Gimignano, incluindo visitar o lindo Duomo di Santa Maria Assunta (por fora a igreja é simples mas por dentro é toda decorada e os afrescos super preservados) e subir na Torre Grossa (a torre mais alta da cidade com 54 metros de altura). Mas, confesso para vocês que a principal atração da cidade para mim foi tomar o melhor sorvete do mundo na Gelateria Dondoli. Isso mesmo: o local que vende o melhor sorvete do mundo fica em San Gimignano, mais precisamente na Piazza della Cisterna e você não pode deixar de provar. Aliás, comer gelato é uma atração em qualquer viagem pela Itália e eu confesso para vocês que comia pelo menos 1 por dia – e viajamos por 12 dias (fácil fazer a conta mas difícil pensar no número de calorias)!

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E sim gente: eu dei o melhor sorvete do mundo pro meu filho de 10 meses – uma lambidinha. Eu não dou doce para ele mas não consegui resistir. Ele fez uma careta estranha e não acho que se entusiasmou com a delícia.

Monteriggione

Não estava em nossos planos passar por Monteriggione, mas quando estávamos dirigindo pela estrada não resistimos à pequena cidade murada no topo de uma colina e tivemos que visitá-la. Passamos 2 horas explorando a pequena cidade de 8 mil habitantes e jantando (no restaurante Antico Travaglio Osteria). O local foi construído entre 1213-1219 e a muralha intacta possui 14 torres e 2 portas (uma chamada de Porta Franca ou Romea que fica na direção da estrada que leva à Roma e uma chamada de Porta Ponente, na direção de Florença). Vale falar que a atual estrutura da vila é praticamente original e as poucas mudanças que ocorreram foram no século 16, quando 3 dos 14 torres foram reduzidos ao nível das muralhas. Ah, uma atividade legal na cidade é andar pelas muralhas: por 3 euros por pessoa você pode andar em vários pontos das muralhas e ainda visitar o museu da cidade (maridão foi e aprovou – veja mais informações aqui).

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Hospedagem: Hotel Le Fontanelle‎

O hotel que ficamos nesta parte da viagem foi igualmente incrível – assim como o Castello di Velona que ficamos na primeira parte da viagem como contei para vocês aqui. Esta região mais próxima de Siena é bem mais popular e muitas das pessoas que visitam a Toscana ficam hospedadas por lá. Nós queríamos ficar mais no countryside – e não dentro de cidades – e ficamos super felizes quando encontramos o último dos 25 quartos disponíveis no Le Fontanelle. O hotel fica em uma ótima localização – há 30 minutos de Sinea e bem perto da região de Chianti e do Castelo de Brolio. Fica localizado em uma colina e a vista do local é incrível. O edifício principal do hotel é do século XIII e faz parte de uma antiga propriedade rural. O hotel possui piscina coberta e descoberta, restaurante, jardins, spa e vários locais incríveis para você relaxar e apreciar a vista dos bosques, vales e vinhedos.

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Nós fomos extremamente bem tratados no Le Fontanelle. Um exemplo deste tratamento VIP foi que o chef veio falar conosco se queríamos que ele preparasse algo especial para o Thomas comer. O café da manhã era tomado em um terraço com vista para a região e já no segundo dia o garçom sabia o que gostávamos e vinha nos trazer. Os detalhes impressionavam: o jornal exclusivo que recebíamos todos os dias no quarto vinha com notícias do Brasil em português e do Canadá e do mundo em inglês. Vale citar que éramos o único casal “jovem” hospedado e Thomas a única criança no local. Os hóspedes eram casais com idade entre 60 ou mais e que provavelmente estavam na região para “apreciar” os vinhos. De qualquer maneira achei o hotel incrível e super indico para famílias com filhos, apesar de ser bem requintado.

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Lugares que você não pode deixar de visitar

Castello di Brolio: há uma rota de castelos na região de Chianti e um dos mais famosos e parada obrigatória é o Castello di Brolio, que é considerado a vinícola mais antiga da Itália. Desde 1141 o Castelo pertence à família Ricasoli e seus jardins estão abertos à visitação (não dá para entrar na propriedade). Na base da colina onde está o castelo fica a vinícola e a loja de vinhos. Você acha mais informações aqui.

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Vinícola Antinori: a vínicola Antinori é super moderna e ao mesmo tempo tradicional. Moderna pois o novo edifício do local é surpreendente e tradicional pois a família Antinori produz vinhos há mais de 600 anos. Chegamos no local – que fica próximo de Florença – e perdemos a última visita guiada do dia, mas conseguimos explorar o edifício e a loja e vinhos. Mais informações sobre o local você acha aqui.

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San Nano: nesta nossa vontade de explorar lugares locais encontramos San Nano, uma vila super pequena que possui um restaurante bem famoso entre os locais, o Trattoria La Gratta della Rana. Na Itália trattoria refer-se a restaurantes que oferecem aos seus clientes comidas simples e feitos com uma variedade de especiarias locais. O maridão pediu um pappardelle com carne de pato e eu um risotto de vinho. Pratos simples, baratos (E$8.50 cada) e maravilhosos! Aliás, comer em lugares locais na Itália é sem dúvida uma atração da viagem.

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Dicas gerais para quem vai para Toscana

Em resumo segue abaixo algumas dicas que achei fundamentais para quem planeja viajar para a região da Toscana.

1. Busque hospedar-se no campo ou em cidades pequenas.

2. Dirija sempre por estradas locais para curtir as paisagens da região.

3. Escolha hotéis estrategicamente localizados para que você visite pequenas regiões e não tenha que trocar de hotel todo dia.

4. Não economize com comida e almoce ou jante nos restaurantes e osterias locais.

5. Coma um gelato diferente em cada cidade que você for.

6. Toma bastante vinho.

7. Relaxe: você não precisa conhecer tudo da Toscana para curtir a viagem. Escolha algumas cidadezinhas que combinam com você e faça a viagem com calma.

8. Alugue um carro para poder viajar com calma e sem compromisso – no seu ritmo -, parando quando quiser para explorar cantinhos bucólicos e bater fotos incríveis.

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Espero que tenham gostado do post e até a próxima viagem!

4 comentários em “Nossa viagem para Toscana em 2016 [Parte 2]”

  1. Pingback: O ano de 2016 contado por 10 posts - Gaby no Canadá

  2. Oi Gabi! Adorei seus posts dessa viagem pela Toscana! Irei em maio com meu marido e minha filha que estará com 1 ano e 4 meses e também faremos o roteiro em oito dias. Então suas dicas estão sendo preciosas! Muito obrigada!

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